25 de janeiro de 2013

Rodrigo Constantino: Tudo errado

O Texto abaixo mostra bem a sensação que eu tive quando vi o pronunciamento da presidente em rede nacional: totalmente eleitoreiro, parecia que estava fazendo um discurso de campanha para reeleição... mostra também a confusão que fez entre o Estado e o Governo PT.

 

Tudo errado

Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

As medidas adotadas pela presidente Dilma no setor elétrico estão todas erradas. Elas denotam a visão míope desse governo, que parece abraçar como poucos a máxima de Keynes: “No longo prazo estaremos todos mortos”. Um estadista, conforme sabia Churchill, preocupa-se com as próximas gerações, enquanto um populista só pensa nas próximas eleições. Dilma fez claramente sua escolha.

O desconto na conta de luz ignora os riscos que isso acarreta para o futuro do setor. Faltarão recursos para investimento em geração. A conta será paga pelas estatais, que desabaram na bolsa. Até o BNDES, sempre ele!, deve assumir parte da fatura, comprando crédito de recebível de Itaipu. É o futuro sendo hipotecado no afã de estimular um pouco mais a capenga economia no curto prazo.

A forma que a presidente escolheu para o anúncio das medidas comprova seu total viés eleitoreiro. Confundindo governo com nação e estado com partido, Dilma adotou um tom extremamente político em cadeia nacional de rádio e televisão, usando o governo para fazer campanha eleitoral. Ainda prometeu o que não tem como cumprir, uma vez que há sim risco de racionamento se não chover. E Dilma controla muitas coisas, mas não o clima.

A Fiesp pode celebrar, assim como alguns consumidores leigos em economia ou igualmente míopes. Mas aqueles com maior esclarecimento sabem que empurrar custos para frente pode ser como jogar uma bola de neve morro abaixo: o risco de avalanche não é nada desprezível.

Fonte:
Rodrigo Constantino: Tudo errado: Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal As medidas adotadas pela presidente Dilma no setor elétrico estão todas erradas. Elas ...

Giorgia Paula Paese

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