20 de novembro de 2012

BAND Santa Catarina#comentarios557anchor#comentarios557anchor

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Essa máxima é recorrente em programas populescos de TV, em redes sociais e conversas de bar... mas, afinal, quem é o bandido?
É o ladrão de galinha que depois de puxar cadeia com bandido experiente é cooptado a cumprir missão pro PGC ou pro PCC? Ou bandido é o advogado, o policial, o porteiro que faz vista grossa ao vai e vem de informação e tecnologia no presídio? Seria o bandido a empresa de telefonia celular que consegue deixar todo mundo sem sinal, menos o povo da cadeia? Bandido é o consumidor da droga, da inofensiva maconha, da alegre cocaína? Não seria bandido, além do vendedor, o consumidor da pirataria? Bandido não é o cúmplice da lavagem de dinheiro que financia tudo isso?
Ou bandido é a lei, que alguns dizem ser branda, e por isso
provoca, sozinha e grudada em um papel, tudo isso que vemos cotidianamente? Já sei, bandido é responsável pela política penitenciaria! Ou, seria o bandido o eleitor que segue dando votos para quem não tem a menor competência para dar conta da coisa pública? Bandido é o cara que tem boca de jogo do bicho ou é quem joga no bicho, ou os dois? Quem é o bandido, afinal? É algum agente público, político, é o secretário de segurança, o secretario de cidadania? Não seria bandido alguém que está em algum cargo de responsabilidade, mas que não entende nada do assunto? Ou bandido mesmo é quem colocou o incompetente no cargo por conta de algum arranjo politiqueiro? Bandido não seria o chefe do executivo que não consegue utilizar corretamente nem o orçamento público, nem a força do estado? Ou bandido é o particular que sonega imposto?
Se somos todos inocentes, até que provem o contrario, quem é o responsável, afinal? Quem vai pagar a conta? A frase “bandido bom é bandido morto” é tão ignorante e sem nexo quanto à violência que vemos estes dias em Santa Catarina. Se a máxima “bandido bom é bandido morto” se tornar um imperativo todos os atos de bandidagem, sejam eles quais forem, deverão ter a mesma consequência. Não que isso seja ruim, mas apenas comprova a ignorância da frase, afinal, bandido é sempre o outro. O problema que estamos vivendo é um dos sintomas mais perversos da corrupção. Nunca a frase “o que você tem a ver com a corrupção” foi tão necessária. Estamos no fio da navalha, no limite e, consequentemente, na hora de fazer uma escolha: vamos, novamente, terceirizar a responsabilidade por tudo que ocorre ou vamos assumir o problema e lidar com ele em toda a sua extensão, sem emotivismo, fantasias ou infantilidade?

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